segunda-feira, 25 de abril de 2011

A maçã é realmente um fruto proibido?

Branca de Neve que o diga, Adão e Eva (se bem que a bíblia não menciona que se trata de uma maçã), Shinigamis (quem é familiarizado com Death Note entende do assunto), até a capa do livro Crepúsculo, o primeiro da série, tem a imagem de uma, além de Sir Isaac Newton ter sido atingido por uma.

Fruta do pecado, da cor vermelha poente, por que as maçãs levaram afinal esta fama?

AS MAÇÃS DO AMOR

Em 1959, quando a família de Antonio Farre Martinez, 62 anos, patenteou a maçã do amor, que comemorou 52 anos de existência, ou seja , os galanteadores presenteavam as moças com o doce em um ato de romantismo.

Hoje, 50 anos depois, entregar a fruta caramelizada em um palito à namorada pode até soar brega, mas, para os "criadores", o importante é que o doce continua famoso, principalmente nas festas juninas.


A família espanhola chegou ao Brasil em 1954 e, como sabia fazer doces, resolveu usar os conhecimentos para ganhar dinheiro.

O irmão de Antonio, Ramon Farre Martinez, 77 anos, se inspirou nas frutas caramelizadas chinesas, como a uva e o abacaxi, e criou a maçã do amor --pois há muita maçã no Brasil.

Quem deu o nome romântico foi o pai dos irmãos, em uma reunião da família em 1959. Era tarde e todos trabalhariam no dia seguinte. "Põe logo maçã do amor e vamos dormir", disse. A ideia veio da história de Adão e Eva, na qual a maçã é o "fruto proibido"

ADÃO E EVA

Já diz na música de Carlos Gonzaga: "No jardim do paraíso o pai Adão perdeu o juízo, que confusão, a serpente malvada foi quem mentiu, ía dar uma maçã, engoliu..."

Apesar de outros frutos estarem associados ao pecado original, como o figo e a uva, a maçã a partir do século XIII passou a ser a principal representação da transgressão de Adão e Eva no Éden. A ingestão do fruto proibido significou a possibilidade de atingir o conhecimento através do livre-arbítrio, mas também levou ao sofrimento (a expulsão do local divino, a necessidade do trabalho e as dores no parto).
Outro simbolismo da maçã é a de Insula Pomorum, reino do Outro Mundo repleto de abundância e prazeres, descrito por Geoffrey de Monmouth no século XII como local onde ao vez de grama o solo é coberto por maçãs. Na mitologia céltica, esta fruta simboliza a magia, a imortalidade e o conhecimento. Para os medievais era confortante o sentido da maçã como Ilha dos Bem-aventurados, possibilitando o acesso dos indivíduos num mundo semelhante ao paraíso e que se localizava paralelamente ao mundo terreno. Já segundo à Igreja, só depois da morte e da passagem pelo purgatório, os indivíduos purificados poderiam aspirar à felicidade eterna.

EM CONTEXTO GERAL:

É importante ressaltar que a maçã é proveniente de uma árvore, elemento simbólico em várias culturas. Devido ao fato de suas raízes mergulharem no solo e seus galhos voltaram-se ao céu, é considerada como representante das relações entre a terra (o microcosmo) e o céu (macrocosmo). Tem o sentido de centro, e sua forma vertical faz a árvore do mundo ter sinônimo de Eixo do Mundo e está também relacionada à cruz da redenção, que na iconografia cristã é representada como a árvore da vida. Na Bíblia existe menção a duas árvores, a árvore da vida, que confere a imortalidade e a árvore do conhecimento ou do bem ou do mal.




Outro símbolo associado à árvore e também à maçã é o coração, órgão central do corpo humano e simbolicamente centro do homem e do mundo. Para Santo Agostinho o coração é o recipiente do amor divino e os homens devem procurar o conhecimento através do amor. O coração é o rei do corpo, pois sem ele não há vida. Pode-se por isso fazer uma analogia entre o coração e o monarca, considerado na Idade Média essencial para o bom funcionamento da sociedade. Daí o dito: “o rei morreu, viva o rei”.

NA MITOLOGIA:

Na mitologia grega, a maçã ocupa um papel importante. Pode ser um elemento desagregador, como o pomo da discórdia atirado pela deusa Éris, com a inscrição “à mais bela”, que levou à disputa entre as deusas e conseqüentemente à Guerra de Tróia. Afrodite prometeu a Páris dar-lhe o amor da mais bela mortal se ele entregasse a esta deusa o pomo. Como cumprimento da promessa da deusa, Helena, casada com o troiano Menelau foi raptada por Páris, dando início ao conflito entre gregos e troianos que durou dez anos.
O pomo também pode significar um atributo dos deuses como as maçãs de ouro do Jardim das Hésperides, originalmente um reino do Além guardado por um dragão. As maçãs simbolizam a imortalidade e tinham sido presentes de casamento recebidos por Zeus e Hera. Mesmo quando Hércules conseguiu pegar alguns pomos como parte de seus Doze Trabalhos, estes foram devolvidos ao jardim dos deuses por representarem um atributo deles.





Como demonstrei, no período medieval a maçã possui um sentido multifacetado. Fruto proibido, levou os homens ao sofrimento e ao conhecimento, que segundo Santo Agostinho, deveria ser obtido através do amor. Para os homens da Igreja, a sapientia era uma prerrogativa deles, na medida em que, por estarem afastados do ato sexual, eram mais puros e totalmente voltados a Deus.
A maçã também possui um significado curioso com relação à figura feminina. De um lado representa o mal e o pecado, através da ingestão do fruto proibido por Eva, que levou os medievos ao desprezo e à desconfiança com relação aos seres deste sexo. As mulheres eram usualmente vistas como mentirosas, tentadas ao adultério e inclinadas à luxúria e ao demônio.



A salvadora dessas mulheres seria Maria, a virgem escolhida pelo Criador para gerar um homem perfeito, Jesus, o filho de Deus, que sacrificou-se para redimir os pecados da humanidade. Próxima ao modelo de Maria estava Valides, capaz de, através de sua pureza, indicar a um eleito de Deus, Santo Amaro, o caminho do paraíso terreal. Uma outra imagem feminina era a das fadas, mulheres que habitavam a Insula Pomorum, e que competiam no plano simbólico com a Igreja com relação ao domínio do sagrado, pois,
segundo as narrativas, possuíam a sabedoria, o dom da cura e da imortalidade.

O sentido da maçã como representante da Ilha Paradisíaca levou muitos a sonharem com a terra da abundância, da imortalidade e felicidade, que poderia ser encontrada num mundo paralelo em algum lugar misterioso: uma ilha no meio do oceano, um lugar na floresta. Para o clero, no entanto, só depois da morte e da passagem pelo purgatório, os indivíduos purificados poderiam aspirar à felicidade eterna.









sexta-feira, 22 de abril de 2011

O que é que o coelho e ovo tem a ver com Jesus Cristo?

A páscoa é uma festa originada tradicionalmente de cultos pagãos, o coelho em suma é uma representação de fertilidade, era uma celebração à deusa Ishtar ou Astarte; a deusa da fertilidade e do renascimento na mitologia anglo-saxã, na mitologia nórdica e mitologia germânica; na verdade o símbolo da deusa não se tratava de um coelho, e sim uma lebre.



Como Deusa Tripla, Ishtar representa nascimento, morte e renascimento.
Ishtar é a deusa mãe dos acádios, herança dos seus antecessores sumérios, cognata da deusa Asterote dos filisteus, de Isis dos egípcios, Inanna dos sumérios e da Astarte dos fenícios.
Mais tarde esta deusa foi assumida também na mitologia Nórdica como Easter - a deusa da fertilidade e da primavera.



Os povos antigos valorizavam bastante a questão da procriação,numa época em que homem era caçador e vivia sobre os perigos da natureza a reprodução era valorizada como perpetuação da espécie, e em resumo a mulher boa procriadora de cintura larga e seios fartos era aquela idealizada como esposa, é o que se pode observar no conceito de beleza do passado da Vênus de Willendorf.

O mais importante festival em honra a Ishtar consistia na Celebração do Equinócio da Primavera.
Neste ritual, os participantes pintavam e decoravam ovos (símbolo da fertilidade) e os escondiam nos campos.Estes ovos continham runas e magias de Sigilos pintadas cuidadosamente sobre eles. Os ovos eram enterrados nos campos e, quando eles eram destruídos pelos arados, os desejos escritos nos ovos se realizavam. Ovos pintados com Runas também eram símbolos de vida e procriação, só que no ocidente invés de ovos cozidos, os originais foram substituídos pelos ovos de chocolate, que não deixa de ser uma representação a altura; afinal, o chocolate é um famoso afrodisíaco não?




UMA LENDA SOBRE O CHOCOLATE:

Diz a lenda dos povos da América que o deus asteca "Quetzcoalt", senhor da Lua prateada e dos ventos gelados, tal como prometeu, ofereceu aos homens um presente roubado do país dos deuses.
Querendo dar aos mortais algo que lhes enchesse de energia e prazer, Quetzcoalt foi aos campos luminosos do Reino dos Filhos do Sol para de lá roubar as sementes da árvore sagrada.
Desta maneira fantástica, as sementes do cacaueiro teriam nascido na região dos Astecas, dando origem à árvore.
O "tchocolatl", como era chamado, tinha tanta importância entre estes povos, que a bebida só era consumida por reis, nobres e guerreiros.
Foi esta mistura que o imperador asteca Montezuma ofereceu ao conquistador espanhol Fernando Cortez, confundindo-o com algum deus pelas roupas que usava e por vir montado num cavalo.

Bem depois disso gafanhoto, espero que você tenha obtido informações importantes referente a páscoa! Até mais!












quinta-feira, 14 de abril de 2011

A personificação da hipocrisia

Todos os dias morrem pessoas, e as pessoas morrem de tantos modos! Se você parar para perceber, há mais formas de morrer do que de viver, há mais doenças mortais do que cura para elas, há mais tratamento placebo para a loucura do que tudo, uma pessoa que tem uma esquizofrenia pode apresentar as mesmas caracteríscas (ou seja, sintomas) que um oligofrênico, um retardado, um depressivo, um boderline... Mas isso aí é outra história.
A morte é uma coisa com a qual convivemos todos os dias, é só ligar a televisão ao meio dia, exatamente na hora do almoço depois dos esportes, bem na hora que a maioria das pessoas estão disponíveis do trabalho, ou seja estão no intervalo, nada mais estratégico para promover as notícias, porque ronda geral, cardinot e Aqui PE são tão populares? Tão conhecidos, eu nem posso e nem sou ninguém pra condenar o que as pessoas assistem, mas tenho minha opinião diante disso, não acho que devemos negar que essas coisas acontecem todo dia, sim, claro que não devemos virar as costas, mas também da mesma forma pode perceber como esses programas sensacionalisam o problema, eles riem, reprisam... Uma verdadeira comédia! E as pessoas riem, verdadeira política do pão e circo, os escravos gladiadores lá embaixo enfrentando os tigres e logo acima a população rindo e recebendo pão do imperador, endeusando um imbecil.
Assassinato é uma coisa comum hoje em dia, é banal, não há mais preocupação com a vida, é só aceitar o estado geral e deixar que assim seja é só comprar o Aqui PE por R$ 0,25 que você tem acesso à notícia...
Mas o maior problema é que a gente vê essas coisas e nunca acha que pode acontecer com a gente, o mundo dos livros para quem é ávido leitor parece ser o mundo ideal, talvez por isso não parem de ler, na época em que Machado de Assis escreveu Dom Casmurro talvez o crime não fosse assim tão banal quanto é agora, e as pessoas se horrorizavam quando acontecia; não muito diferente de hoje, as pessoas ainda se horrorizam, a diferença é que pra isso ocorrer agora o crime tem que ser fora do comum, tem que ser coisa de filme, coisa que só interessa por que foge da banalidade, simples assim.
Ninguém acha que seu filho pode ser sequestrado, morto, estuprado, ou torce pra que não aconteça; assim como também não pensa que ele pode ser um assassino; ninguém ensina seu filho que não deve andar expondo o celular pelo meio da rua pra não ser assaltado.
A verdade é que criança nenhuma esta preparada a lidar com a violência, é nessa fase da vida que o ser humano é mais fortemente influenciável, a fase que reflete no homem ou mulher que seríamos um dia.
A violência vai partindo desde a infância, dentro das escolas, lá dentro vão acontecendo coisas que você gostaria de duvidar que não pudessem acontecer.
E aí vem esse pânico social depois de um rapaz entrar em uma escola e assassinar 12 crianças; loucura? Desespero? Todo mundo se pergunta por que, ao mesmo tempo que desejam que um cara como Wellington vá para o inferno, se é que ele existe, ou que nome o inferno tenha lá no beleléu.
Essas mesmas pessoas são as que organizam aquelas passeatas e escrevem "paz" no meio do cara, as mesmas pessoas que fazem cultos ecumênicos e ficam no meio da rua na frente da delegacia gritando "justiça", as mesmas senhoras que vão para a igreja aos domingos e rezam pelo parente desejando que o assassino tenha o mesmo fim, é revoltante! Ter alguém na família morto é terrível, desesperante, mas nós também somos muito egoístas, essas mesmas pessoas só gritam ali por que se trata do SEU filho, muitas vezes essas são as mesmas pessoas que não oferecem lugar a idosos e pessoas com deficiência no ônibus, as mesmas que não pagam seus impostos corretamente e ligam pra central de atendimento do seu cartão de crédito pra xingar o atendente por que veio juros na fatura e que a mesma veio após o vencimento,quando sabia que tinha algo pra pagar e não ligou antes.
A verdade é que as pessoas só se importam quando se tratam de seus direitos interrompidos, os deveres ninguém quer cumprir!
Bem, Wellington também tinha mãe, e como será que a mãe dele se sente? Ser mãe de uma vítima talvez seja mais fácil pra pedir consolo e solidariedade das pessoas, e quanto a ser a mãe do assassino? Que tal você ler "Precisamos falar sobre o Kevin" hein?
Todo mundo desejar que seu filho morra, aquele produto de alegria que você teve um dia fazer isso, e os repórteres cercando sua casa...
As pessoas entendem a morte como uma punição terrível, só que para quem morre pode ser um alívio... Ou não, morrer é fácil demais, viver é muito mais difícil.

HIPOCRISIA: sf. 1. Afetação de Virtude ou sentimento que não se tem. 2. Fingimento, falsidade.




Baixe o livro "Precisamos falar sobre o Kevin":

http://www.megaupload.com/?d=TO9DGWP8 (copie e cole na sua barra de navegação)